Especialistas reúnem-se em Pernambuco para debater mudanças climáticas, erosão ou eventuais derramamentos de óleo.

O risco costeiro relacionado às mudanças climáticas, erosão ou eventuais derramamentos de óleo estão sendo discutidos desde segunda-feira (13/05) e vai até quinta-feira (15/05), em Porto de Galinhas (PE), no Simpósio Nacional sobre Vulnerabilidade Costeira. Durante o evento, especialistas de todo o mundo apresentarão metodologias para o mapeamento do risco, além de desafios e iniciativas do governo federal para subsidiar a ação integrada frente a vulnerabilidade costeira e resultados de pesquisas científicas.

“Reconhecida como área crítica, a zona costeira é um dos mais complexos e sensíveis ambientes, que tem suportado grande crescimento, além de crescente densidade demográfica”, explica a coordenadora da Gerência Costeira do Departamento de Zoneamento Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Leila Swerts. Ela cita como exemplo o litoral pernambucano, que hoje concentra 56% da população urbana do estado. “É também nessa área que se dá a concentração de atividades econômicas, industriais, de recreação e turismo, e consequentemente dos problemas delas decorrentes”, diz.

FERRAMENTAS

Leila também destaca a necessidade de ações e iniciativas de fomento à temática. “É imprescindível, neste momento, aprimorar e desenvolver ferramentas de apoio a gestão ambiental costeira, tendo em vista a influencia do aquecimento global, com repercussões no aumento do nível do mar, mudanças no regime das chuvas e ventos, entre outros”, analisa. Segundo ela, a partir do planejamento territorial, será possível prevenir futuros problemas. “Os riscos de inundação nessas regiões estão fortemente relacionados ao avanço do mar, uma vez que se tratam de ambientes dinâmicos influenciados diretamente por questões marinhas”, acrescenta.

O simpósio é uma organização do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (SEMAS). O Fundo Clima e a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) apoiam o encontro.

Por: SOPHIA GEBRIM

fonte:http://www.jornaldaimprensa.com.br/Editorias/16450/O-futuro-da-costa-brasileira

 

Começou ontem (13) o Rio/Clima (Rio Climate Challenge), evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que discutirá formas de reduzir a emissão de gases de efeito estufa diante do aquecimento global. Deverão participar do encontro representantes não oficiais de 14 países considerados grandes emissores de gases poluentes.

O Rio/Clima é uma iniciativa da Subcomissão Rio+20 da Câmara dos Deputados, presidida por Alfredo Sirkis (PV-RJ). O objetivo é contribuir para a negociação dos governos durante a próxima Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-18), que será realizada no Catar no fim deste ano.

Do Rio/Clima também sairão recomendações sobre economia verde e governança para a Rio+20, que começou ontem e vai até o dia 22.

Os seminários e discussões ocorrem na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), no centro da cidade, até segunda-feira (18), dia em que haverá a simulação de uma negociação para acordo do clima, envolvendo ex-presidentes, ministros e parlamentares dos países envolvidos no evento.

 

Os brasileiros estão mais conscientes sobre a importância do meio ambiente do que há 20 anos. Na comparação entre os primeiros e últimos resultados, divulgados em junho, a pesquisa O Que o Brasileiro Pensa do Meio Ambiente e do Consumo Sustentável, realizada desde 1992, mostrou que a consciência ambiental no país quadruplicou.
As versões do levantamento mostram que na primeira edição, que ocorreu durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, 47% dos entrevistados não sabiam identificar os problemas ambientais. Este ano, apenas 10% ignoravam a questão.
Na média nacional, 34% sabem o que é consumo sustentável atualmente. ''Esta é uma pesquisa que mostra claramente tendências'', explicou a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Samyra Brollo de Serpa Crespo.
Nessa projeção, a população da região sul mostrou-se mais engajada ambientalmente. Mais da metade dos sulistas sabem o que é consumo sustentável. ''A diferença do sul é impressionante em termos dos mais altos índices não só de acertos, mas de atitudes corretamente ambientais'', disse .
Ao longo de duas décadas, os mais jovens e os mais velhos são os que menos conhecem a realidade ambiental, mas a consciência aumentou. Há 20 anos, quase 40% dos entrevistados entre 16 e 24 anos não opinaram sobre problemas ambientais, assim como mais de 60% dos brasileiros com 51 anos ou mais. Este ano, as proporções caíram para 6% entre os jovens e 16,5% entre os mais velhos.
"Isso tende a mudar ainda mais, porque agora temos todo um trabalho de educação ambiental nas escolas, o que vai refletir nas faixas seguintes ao longo dos anos", disse Samyra, acrescentando que o nível de consciência ambiental "cresce à medida que a população é mais informada e mora em áreas urbanas, porque significa acesso à informação. E, na área rural, ainda há o habito de queimar o lixo".
Samyra afirma que os resultados mostram que a população, além de mais consciente, mostra maior disposição em relação a atitudes ambientalmente corretas e preocupação com o consumo.
A questão relacionada ao lixo, por exemplo, é um dos problemas que mais ganhou posições no ranking dos desafios ambientais montado pelos brasileiros. O destino, seleção, coleta e outros processos relativos aos resíduos que preocupavam 4% das pessoas entrevistadas em 1992, agora são alvos da atenção de 28% das pessoas.
Este ano, 48% dos entrevistados, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, afirmaram que fazem a separação dos resíduos nas residências. "Muitas vezes a disposição da população não encontra acolhimento de políticas públicas. Muitas vezes o cidadão separa em casa e a coleta do lixo vai e mistura os resíduos", disse a secretária.
Na análise geral do País, os índices ainda são baixos, sendo que menos de 500 municípios têm coleta seletiva implantada. Enquanto a separação do lixo é um habito de quase 80% das pessoas que vivem na Região Sul atualmente e de mais da metade dos moradores de cidades do Sudeste. No Norte e Nordeste, mais de 60% não separam resíduos.
Entre os problemas ambientais apontados, o desmatamento das florestas continua no topo da lista elaborada pelos entrevistados. "A preocupação com rios e mares, que continua na segunda posição do ranking, se eleva a partir de 2006. Já é impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos criada em 2010", disse ela.
"O bioma Amazônia continua sendo considerado o mais ameaçado na opinião das pessoas", disse Samyra, comparando as edições da pesquisa. Em 2006, por exemplo, 38% dos entrevistados estavam dispostos a contribuir financeiramente para a preservação do bioma. Este ano, o índice cresceu para 51%.
Samyra ainda aposta que a Política Nacional de Resíduos Sólidos vai provocar mudanças econômicas, criando um ambiente de estímulo à reciclagem. "Temos que trabalhar tanto na desoneração da cadeia produtiva, como com a conscientização ambiental. Os produtos corretos concorrem hoje nas mesmas condições", disse ela, acrescentando que "não é tão simples porque você trabalha toda a cadeia do produto e temos poucos estudos de ciclos do produto".
No decorrer dos últimos vinte anos, a população também mudou a forma como distribui as responsabilidades sobre meio ambiente. "Em 1992, o governo federal era o maior responsável. Isso vai diminuindo e a responsabilidade foi sendo atribuída às prefeituras. Continua a tendência a achar que é o governo federal, mas cada vez mais o governo local é priorizado", disse Samyra.

Fonte: Agencia Brasil


Processo pode causar morte de corais, peixes e algas, entre outros

O Google criou um novo "tour" virtual mostrando o processo de acidificação do oceano, seus efeitos negativos sobre a fauna e a flora submarinas e os desdobramentos desse fenômeno na economia no futuro.

O projeto é uma parceria entre a empresa, o International Union for Conservation of Nature (IUCN) e o International Geosphere – Biosphere Programe (IGBP) para a 3ª conferência Ocean in a High CO2 World, que aconteceu em setembro de 2012 em Monterrey, México.

A acidificação dos oceanos começou durante a primeira revolução industrial, durante o fim do século XVIII, e desde então a acidez do oceano aumentou em 30%. Isso se dá pela mistura do dióxido de carbono (CO2) (expelido principalmente pelas indústrias e carros) com a água do mar. Quando os dois se encontram é formado ácido carbônico (H2CO3). Esse é o mesmo processo que produz a chuva ácida.

Com a mudança no Ph dos oceanos, todo o ecossistema marinho é afetado, causando a morte de corais, peixes e algas, entre outros.

A economia também é afetada. Com o desaparecimento de espécies de peixes, mariscos, corais e ostras, a indústria da pesca e o turismo acabariam sendo levadas, em última instância, ao colapso.

O processo de acidificação precisa ser urgentemente contido. O que é visto hoje, já é uma demonstração do que pode acontecer no futuro. Estudos mostram que algumas espécies podem se adaptar, evoluir, nascer ou desaparecer do fundo do mar. Mas o que mais preocupa é a incerteza que nos aguarda.

Fonte: http://www.igbp.net/multimedia/multimedia/newgoogleearthtouroceanacidification.5.19b40be31390c033ede80001577.html